A responsabilidade espírita na transformação da ordem social
O presidente da SBEE, Maury Rodrigues da Cruz, faz alguns chamamentos em relação aos deveres espíritas diante da sociedade
A responsabilidade de ser espírita implica em responsabilidade de transformação. Foi com esse chamamento que o médium Maury Rodrigues da Cruz iniciou palestra na comemoração dos 12 anos do Centro Espírita Antonio Grimm (CEAG), em Curitiba, no final do mês de maio. O CEAG é dos núcleos filiados da SBEE.
A busca de conhecimento para a prática da caridade deve conduzir esse caminho de transformação. Essa perspectiva abre para novas possibilidades, revigorando o tônus de cada um, do grupo, fortalecendo o ser humano e a sociedade contra o egoísmo, as angústias, o medo e a ignorância. “Precisamos vivenciar valores do espírito. E vivencia esses valores quem se autoconhece”, afirma.
Nesse caminho “é preciso coragem para não perder o sentido crítico”, alerta o professor. É preciso ter coragem para buscar compreender e construir mensagens que alcancem novos significados sobre o ser humano, sobre a Terra, sobre o Universo, sobre o Cosmos e sobre o Creador.
O médium explica que a casa espírita faz sustentação do processo de renovação, e, portanto, não pode permanecer em um processo repetitivo. Ele defende que “precisamos sensibilizar para uma nova ordem social”. E explica que o centro espírita tem o polissistema espiritual que dá suporte para isso.
O professor apresentou ainda elementos fundamentais desse processo. A não linearidade na relação conjuntiva entre parte, todo e totalidade e sustentada pelo conexismo que liga e integra toda a vida; o binômio identidade e pertencimento que é fortalecido pelo autoconhecimento, e a busca e o compromisso permanente com a verdade a partir de uma consciência crítica diante da incerteza pela indeterminação.
O conhecimento sobre esses elementos amplia o campo de responsabilidade e dever do agente mediúnico. Responsabilidade é missão. E a missão de transformar é ação realizada de dentro para fora. Sendo, primeiramente uma autotransformação, que permite ao ser humano saber processar as mensagens pela prática contínua de interpretações mais profundas sobre a vida. “O Universo tem uma relação crítica com a nossa consciência. Somos nós que estamos o construindo”, analisa o professor. Quem transforma o mundo, também o constrói.
A celebração de 12 anos do Centro Espírita Antonio Grimm em maio, em Curitiba, foi organizada pela presidente do Centro, Edla Castro, e pela vice-presidente, Marisa Annibelli. A exercitanda mediúnica Flavia Ribas falou em nome dos colegas de estudos mediúnicos e a coordenadora de grupos de estudos do centro, Andréa Carla Alvarenga, representou os voluntários da casa. A solenidade teve também a participação do músico e compositor Marco Duboc.