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SBEE celebra memória do prof. Maury Rodrigues da Cruz

Solenidade, hoje às 16 horas, na sede da SBEE. A data é marcada pelo aniversário do médium, e lembra sua vida dedicada ao trabalho social e à educação

Em memória à vida e obra do médium Maury Rodrigues da Cruz, a Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE) celebra hoje às 16 horas, na sede (Rua Guilherme Ihlenfeldt, 663, Bacacheri), solenidade com os médiuns da casa. A data de hoje, 1.º de maio, é marcada pelo nascimento do médium em 1940, e reforça a memória de uma vida inteira de trabalho que tornou possível a construção da SBEE.

O compromisso de vida com a assistência social e com a educação aberta para todos, de Maury Rodrigues da Cruz, é fonte que continua sustentando as atividades da instituição. Maury completaria hoje 82 anos, mas partiu há quase um ano, em 10 de julho de 2021. E, com o desencarne do professor no ano passado, este ano de 2022, significa um segundo passo da SBEE em sua história. 

Os voluntários das diversas frentes de trabalho, junto com a orientação da nova diretoria, e com certeza, sob a orientação dos espíritos que atuam na casa, recebem uma nova oportunidade: a de compartilharem as informações e conhecimento alcançados por meio da vivência com o prof. Maury e, dessa forma, seguir com a construção imanente do amor, do bem, da caridade, do conhecimento que liberta o ser humano da dor, do mau, da ignorância.

MINIBIOGRAFIA

O médium nasceu em Castro (PR), em 1.º de maio de 1940 e desencarnou em 10 de julho de 2021, em Curitiba (PR). De família católica, a comunicação que tinha com os desencarnados desde os dois anos de idade já surpreendia. Com quatro anos, ele se mudou para a capital do Estado, Curitiba, onde iniciou seu grande trabalho doutrinário como médium espírita. O tio, Clovis Chagas de Azambuja, foi quem o compreendeu e o ajudou com sua missão no início de sua vida. O médico Luis Parigot de Souza, que atendia Maury, também o auxiliou.

A INFÂNCIA E O INÍCIO DE UM TRABALHO MEDIÚNICO EXCEPCIONAL

Aos cinco anos de idade, um homem muito bom se aproximava de Maury para conversar. O menino não entendia que se tratava de um espírito desencarnado; até que cerca de três anos mais tarde ele se identificava: era Leocádio José Correia, médico que viveu em Paranaguá, no litoral do Paraná, há dois séculos (1848-1886). Era o início de uma relação mediúnica muito forte, que fez e faz a diferença em toda a sociedade até hoje.

De excepcional inteligência e determinação, Maury começou a dar aulas nos arredores de Curitiba com 13 anos de idade. Com frequência era procurado para “curas”, já que a notícia de sua mediunidade se espalhava. Criou um núcleo espírita, ainda muito jovem, e passou a dar orientações a quem o procurava. Não demorou muito para o núcleo crescer e Maury ver a necessidade de expandir fisicamente e intelectualmente o local.

Assim, com 11 anos de idade (em 1951) o médium deu início aos trabalhos no agrupamento Afonso Pena e, em 1953 é estruturado como o Centro Experimental de Estudos Espíritas Afonso Pena, hoje a grande obra: Sociedade Brasileira de Estudos Espírita (SBEE). Com 25 anos, já estava à frente do que passou a se chamar, em 1965, de SBEE.

AGREGANDO CONHECIMENTO E AJUDANDO QUEM PRECISA

Muito jovem, o já renomado professor se formou em Direito e Ciências Sociais. Como Museólogo, foi diretor do Museu Paranaense de 1987 a 1994. Dentro da obra SBEE, deu início à Faculdade Dr. Leocádio José Correia e ao Lar Escola de mesmo nome. Logo, o médium se tornou um grande homem público, atendendo milhares de pessoas todos os anos na SBEE, além dos alunos da Falec e das crianças e suas famílias do Lar Escola.

A OBRA SBEE

Extensa, a obra de Maury é significativa para toda sociedade brasileira. O trabalho do médium se traduz na cultura, na memória e na importância social do Espiritismo no Brasil. A SBEE atua em todo o País, com 26 núcleos filiados, atendendo o público em grande parte de suas necessidades, com palestras, orientações filosóficas, grupos de estudos espíritas e frentes de trabalho das mais diversas.

Na sede da SBEE, em Curitiba (PR), a Livraria Antonio Grimm estimula à leitura e ao conhecimento de quem frequenta o local. O Núcleo de Ensino e Pesquisa e o Centro de Convivência Catarina Boaventura também compõem outros núcleos de conhecimento na entidade e ficam localizados na sede: o primeiro, integrando toda a pesquisa científica do local, ancorado pelas aulas de Antonio Grimm; e o segundo, com atendimento à sociedade com atividades das mais variadas, além de ser também utilizado pelos grupos de estudos espíritas e outros eventos da casa.

Entre os locais que estão vinculados à SBEE, há ainda o Museu Nacional do Espiritismo (Munespi), que foi inaugurado em 1965 e remodelado em 2013. Tem hoje acervo de 30 mil peças, exposições fixas e móveis, que mantêm vivas a história e cultura da Doutrina Espírita no País, localizado junto à sede. Além do museu, há o Teatro Enio Carvalho (TEC), em Curitiba, e o Espaço de Integração Marina Fidelis (a chácara da SBEE), localizada em Bocaiúva do Sul, na região metropolitana de capital paranaense, que promove a integração com a natureza e o bem-estar, bem com de estímulo às atividades culturais e de entretenimento saudáveis. A SBEE conta também com o Campus de Assistência Social, também em Curitiba – PR, que tem grande relevância no atendimento às pessoas mais necessitadas; e uma creche na Ilha dos Valadares, em Paranaguá (litoral do Paraná).

Publicações

Além das instituições fundadas, o professor Maury tem mais de 80 livros publicados, sendo muitos de sua autoria particular e outros tantos psicografados conjuntamente com os espíritos Antonio Grimm, Leocádio José Correia, Marina Fidelis, F. Alexander e Clovis Junqueira D´Ansão) – alguns dos espíritos orientadores da SBEE. O último livro de autoria de Maury, publicado ainda em vida, foi em 2018: “O Médium como Sujeito Transdimensional”. E no final do ano passado, em dezembro de 2021, a SBEE publicou uma nova obra do professor: O Médium, O Mediunato, A Ação Mediúnica. A SBEE também é responsável pelas publicações da revista nacional “SER Espírita” e do periódico interno “Documentos SBEE”.